Um em cada quatro profissionais em Portugal diz que ainda não tem acesso a formação ou cursos de desenvolvimento pessoal na empresa para a qual trabalha.
A falta de oportunidades de desenvolvimento pessoal é uma razão mais do que suficiente para procurar um novo emprego, pelo menos para 68% dos trabalhadores em Portugal. O desenvolvimento pessoal é um fator cada vez mais importante na escolha de emprego e tornou-se um fator chave para a satisfação profissional, revela o estudo “O atual estado da Gestão de Talento”, desenvolvido pela GoodHabitz.
“O desenvolvimento pessoal tornou-se imprescindível na atração e retenção de talento. Se os colaboradores sentem que não lhes são oferecidas oportunidades suficientes para desenvolverem o seu potencial, provavelmente já estão a pensar sair da empresa”, alerta Pedro Monteiro, porta-voz da GoodHabitz em Portugal.
“Uma oferta com diversos cursos de formação, formatos de aprendizagem e temas de interesse para o desenvolvimento pessoal pode ser uma boa solução para este repto. Desta forma, os colaboradores têm a possibilidade de escolher em que área(s) querem e precisam de crescer, ou seja, estão ao volante do seu próprio desenvolvimento e têm controlo sobre as oportunidades”, detalha, em comunicado.
Em Portugal, um em cada cinco colaboradores (20%) acredita que a organização para a qual trabalha não oferece oportunidades de desenvolvimento pessoal suficientes. Os resultados portugueses apurados pela empresa de e-learning corporativo em território nacional estão, contudo, acima da média europeia, situada nos 16%.
Além disso, 74% dos colaboradores em Portugal afirmam também que o desenvolvimento pessoal é importante para uma satisfação profissional adequada. E nove em cada dez (91%) profissionais declaram que seriam mais felizes na sua função atual se tivessem mais oportunidades para se desenvolverem.
41% pode utilizar modelo misto de formação
Mas que oportunidades é que os colaboradores têm ao seu dispor para desenvolver o seu potencial? “De todos os profissionais em Portugal que têm acesso a oportunidades de formação, 9% tem a possibilidade de desenvolver as suas competências através de formação offline, 25% têm acesso a cursos de formação online, e a maioria (41%) pode utilizar um modelo misto entre formação online e offline“, esclarece a GoodHabitz.
Apesar de estes números parecerem promissores, existe espaço para melhorar, já que um em cada quatro profissionais em Portugal (25%) indica ainda não ter acesso a formação ou cursos de desenvolvimento pessoal. A nível europeu, o número desce para os 21%.
Por outro lado, apenas 9% dos empregadores na Europa mencionaram que não oferecem quaisquer oportunidades de desenvolvimento pessoal, o que é 12% inferior ao que os empregados europeus indicaram.
Tendo em conta esta discrepância, se as organizações possuem uma oferta de formação implementada para ajudar os colaboradores no desenvolvimento pessoal, “é fundamental comunicá-la de forma continuada para que esta possa ser utilizada para atrair e reter o talento”, salienta e empresa responsável pelo estudo. “Sem uma comunicação constante, os colaboradores poderão não ter consciência das oportunidades que existem”, acrescenta.