O cheque-formação como medida no âmbito das políticas portuguesas de educação e formação

O mundo globalizado com que nos deparamos atualmente é fortemente competitivo e os recursos humanos são o seu grande fator diferenciador.É neste contexto que a educação e a formação têm um elevado protagonismo e são vistas como fatores que geram e melhoram os desempenhos dos trabalhadores e uma forma de chegar ao mercado de trabalho.Portugal apresenta ainda hoje uma população ativa pouco qualificada, uma elevada taxa de abandono escolar precoce e um desfasamento entre as qualificações da população e as supostas necessidades do mercado de trabalho. Acreditando-se que este cenário de baixas qualificações influencia a produtividade das empresas, a rentabilidade e a motivação dos trabalhadores e, sobretudo, contribui para um dos principais problemas económicos da atualidade, o desemprego, o Estado português tem vindo a afirmar preocupações na área da educação e formação e tem proposto medidas que possam atenuar este problema, nomeadamente o Cheque-Formação.Este trabalho pretende contribuir para um conhecimento detalhado desta medida, não só percebendo os seus objetivos e a forma como se desenvolve, como também uma análise mais aprofundada sobre os seus sentidos, sobretudo numa altura em que se acentua a responsabilização do indivíduo pelo seu trajeto formativo e profissional. Para levar a cabo os objetivos deste trabalho, desenvolveu-se uma abordagem próxima do estudo de caso, que permitiu uma análise detalhada das candidaturas realizadas e do impacto desta medida no âmbito da formação profissional e da educação de adultos em Portugal, fazendo recurso sobretudo às técnicas de análise documental e da entrevista.

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Fonte: Ana Sofia Coutinho da Silva

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