Atualmente estamos perante uma sociedade em rede, quer ao nível social, quer ao nível tecnológico, ou seja, as redes sociais fazem parte da vida contemporânea. A possibilidade de aprendizagem em rede e as potencialidades da Web social desafiaram os sistemas educativos e os seus principais intervenientes: docentes e estudantes. Assistimos, por isso, à necessidade de adquirir novos conhecimentos pedagógicos e tecnológicos de forma a planear, conceber e utilizar as redes sociais, em particular o Facebook, no processo de ensino-aprendizagem de forma eficaz. Neste contexto e dadas as possibilidades que as redes sociais oferecem para a criação de um ambiente de aprendizagem, apresentamos um estudo no qual procurámos perceber em que medida a utilização do Facebook no processo de ensino-aprendizagem permite a promoção de competências de aprendizagem ao nível da capacidade para aprender, da iniciativa e da autonomia. Assim, a metodologia a aplicar nesta investigação situa-se no paradigma construtivista e, por ainda ser parco o conhecimento acumulado e divulgado relativamente ao tema, considerou-se que o estudo a ser realizado é de natureza exploratória, nomeadamente um estudo de caso instrumental. Logo, tendo em conta estas premissas, entre as técnicas e instrumentos de recolha de dados mais utilizados no âmbito do estudo de caso, neste caso em particular a escolha foi o inquérito por questionário, aplicado a estudantes do Curso de Formação Contínua de Professores, denominado de “Educação sexual em meio escolar: saberes, afetos e valores”, ministrado na Universidade Aberta. Os resultados indicam que o Facebook é reconhecido, desde que exista uma intencionalidade educativa explícita, como um novo ambiente de aprendizagem.
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Fonte: Cátia Lemos