Não é segredo para ninguém que vivemos imersos em atmosferas de dados intensivos e em ecologias de informação variável que nos toldam o raciocínio por incapacidade de ler a nova realidade através de fracos instrumentos de cognição, adquiridos numa escola excessivamente orientada para a preservação de um sistema industrial “pesado” que reinou no século XX !
Não é segredo para ninguém que as Universidades e o Ensino Superior se encontram num daqueles «joelhos» da história em que, para além dos modelos tradicionais são chamados a refletir, reorientar e resignificar modos de ensino e aprendizagem em consonância com as necessidades da geração “Maker” que, com menos de 30 anos , só conhece o mundo através de objetos com pelo menos um processador incorporado.
Os sinais de mudança pela via dos MOOCs ( Massive Open Online Courses) são apenas isso … sinais. Enquanto sinais não deixa de ser relevante que no início do ano de 2014 apareçam em força os MOOC na área do Cérebro e das Arquiteturas de Informação Paralelas. Na área do Cérebro, cursos como “Computational Neuroscience”, “Good brain, bad brain: basics”, e “Synapses, Neurons and Brains”, e nas Arquiteturas de Informação Paralela , cursos de curta duração e alto conteudo como “Intro to Parallel Programming Using CUDA to Harness the Power of GPUs “, “Heterogeneous Parallel Programming” e outro sobre “Parallel Programming Concepts”, isto para além de uma nova edição do MOOC sobre Machine Learning de Andrew Ng que, desde Stanford continua uma das bandeiras do fenómeno MOOC . O efeito da realização de cursos à escala global que só existem pela via dos MOOC far-se-á sentir, inapelavelmente no futuro
Fonte: Francisco Lavrador Pires