Habitamos cidades prenhes de dados, e a capacidade para ler e interpretar o mundo exige para além de concentração, um procedimento claro sobre o modo como, em cada momento, nos dirigimos aos objetivos .
O ser humano faz parte de uma tecno-espécie que elege os artefactos como extensões de si mesmo e, nessa medida, está sempre numa relação de divergência-convergência com o mundo que o rodeia, tentando encontrar em cada momento os necessários níveis de (auto)serviço e (auto) satisfação. Os anglo-saxónicos chamam a isto o “adjust the service levels” que é como quem diz “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”. Claro que isto é muito fáil de admitir no mundo da linguagem e da interpretação semântica, mas é extremamente difícil de praticar no mundo das relações entre pessoas, entre organizações e entre pessoas e organizações.
Os ecosistemas que emergiram nas últimas duas a três décadas de interligação progressiva de máquinas com máquinas (M2M), pessoas com pessoas (P2P) e pessoas com máquinas ( P2M), formam um complexo de protocolos de inter , intra e extra-comunicação que englobam milhares de mihões de aplicações, dispositivos e sensores cujas dinâmicas de interação estão, na maioria das vezes, para além da compreensão humana.
Fonte: Francisco Lavrador Pires