Esse choque tem de começar pelos empresários e pela consciência de que não podem persistir em práticas organizacionais do passado, quando a tecnologia e os modelos de negócio mudam a todo o momento.
A discussão do processo de desenvolvimento do PRR e do Portugal 2030 tem passado ao lado daquilo que considero ser o tema mais crítico para o desenvolvimento estruturado do nosso país: a competitividade da nossa economia.
Mais do que elencar um plano de investimentos do Estado, esta é uma oportunidade única para abordarmos, de forma estruturante e mobilizadora, os grandes desafios de transformação da nossa economia.
É verdade que a situação de emergência gerada pela pandemia requer um ataque aos problemas económicos imediatos, que se agravarão com o final das moratórias já no final deste ano. Porém, ao atirarmos dinheiro para cima dos problemas urgentes, geraremos a ilusão de recuperação, mas persistiremos em não resolver os problemas estruturais da nossa economia.