Políticas de formação profissional em Portugal e no Brasil

A comunicação tem como objetivo analisar as políticas de formação profissional decididas em Portugal e no Brasil na última década, de acordo com referenciais que têm sido construídos internacionalmente. Porque a realidade educacional é fortemente globalizada e porque as políticas de educação e formação estão definidas por agendas transnacionais, analisamos de que modo os sistemas educativos brasileiro e português interagem com essas políticas e de que forma estruturam estratégias de formação profissional. É nosso objetivo situar conceptualmente a problemática da formação profissional e analisar, com base numa metodologia qualitativa, com a utilização da análise documental, a dimensão social da educação e formação e verificar, ainda, de que modo os dois sistemas educativos implementam estratégias diversificadas para a valorização da formação profissional como elo de ligação fundamental no que se define ser hoje em dia a aprendizagem ao longo da vida. A formação profissional, nas suas diferentes modalidades, constitui o foco de análise comparativa entre os dois países, com a identificação das políticas que as legitimam e com a delimitação de práticas ao nível da educação formal, não formal e informal. Pretende-se dar relevo, de igual modo, à discussão curricular sobre a formação profissional como educação escolar, levantando-se questões em torno dos conteúdos da formação e da sua legitimação numa sociedade do conhecimento. As questões em análise permitem uma discussão curricular da formação profissional e sobretudo das suas modalidades, que interagem como processos interligados de uma aprendizagem ao longo da vida. O texto está organizado em quatro pontos : 1) contextos da formação profissional; 2) o ensino profissional na organização curricular portuguesa; 3) o ensino profissional na organização curricular brasileira; 4) para uma valorização do ensino profissional em contextos escolares Palavras-chave: Formação profissional, Aprendizagem ao longo da vida, Modalidades de formação.

Fonte: Edilene Rocha Guimarães; José Augusto Pacheco; Filipa Seabra

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