No ano passado, 250,9 mil indivíduos matricularam-se em cursos de educação e formação, dos quais 188,1 mil (75%) frequentavam cursos dirigidos a jovens até aos 24 anos, revela o CRL.
O número de matriculados em cursos de formação jovem disparou 40% entre 2021 e 2022. Ao todo, no ano passado, matricularam-se 250,9 mil indivíduos em cursos de educação e formação, dos quais 188,1 mil, o equivalente a 75%, frequentavam cursos dirigidos a jovens até aos 24 anos, conclui, com base nos dados do Sistema Integrado de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO), o “Relatório sobre Emprego e Formação 2022”, elaborado pelo Centro de Relações Laborais (CRL) e apresentado esta quarta-feira.“Relativamente aos matriculados nos cursos de formação de jovens verificou-se um acréscimo de 39,5% e 25,2% nos matriculados nos cursos de formação de adultos”, pode ler-se no documento.
No ano passado, havia assim 188,1 mil (74,9%) jovens a frequentar cursos dirigidos a indivíduos até aos 24 anos e os restantes 62,8 mil frequentavam cursos destinados a adultos.
Noutra vertente, o abandono precoce escolar tem vindo a seguir uma trajetória decrescente. Em 2022, e pelo terceiro ano consecutivo, a proporção de jovens portugueses que saíram precocemente da escola — ou seja, da população entre os 18 e os 24 anos cujo nível de estudos não ultrapassa o 3.º ciclo do ensino básico e que já não frequenta a escola ou outro tipo de formação — foi inferior à média observada na União Europeia (UE).
“De salientar que este abandono precoce escolar, que tem vindo a diminuir progressivamente, tem evidenciado um decréscimo mais acentuado em Portugal do que na média dos países europeus“, pode ler-se.
Por outro lado, uma análise mais detalhada permite evidenciar que a percentagem de homens que abandona precocemente a escola é superior à percentagem de mulheres, tanto para Portugal como para o conjunto dos países da UE. Ainda assim, esta diferença esbateu-se e aproximou-se grandemente da média europeia (3,1 pontos percentuais na UE e 4 pontos percentuais em Portugal).
Apesar do aumento da participação dos jovens em formações e do recuo do abandono precoce escolar, no ano passado, 8,4% da população portuguesa (mais de 190 mil pessoas) entre os 16 e os 29 anos não se encontrava a trabalhar, nem a estudar ou a frequentar outro tipo de formação.
A chamada geração “Nem-Nem” tem sido uma das maiores preocupações dos últimos anos, mas Portugal encontra-se entre os países com melhor desempenho. Os valores nacionais são inferiores à média europeia, que se situa 3,3 pontos percetuais (p.p.) acima, nos 11,3%.
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Fonte” https://eco.sapo.pt/2023/07/12/numeros-de-matriculados-em-cursos-de-formacao-jovem-dispara-40/”