A Organização Internacional do Trabalho definiu como objetivo melhorar a proteção de quem se encontra em teletrabalho, uma vez que a pandemia fez aumentar em grande escala o número de trabalhadores em casa, muitos sem condições laborais satisfatórias.
Antes da crise pandémica, existiam cerca de 260 milhões de pessoas a trabalhar em casa, número esse que aumentou exponencialmente após o alastramento do vírus, o que levou à observações de fragilidades a nível de condições de trabalho. Em geral, essas condições são piores quando comparadas com quem continua a trabalhar fora de casa e, também, as remunerações chegam a ser menores (como é o caso do Reino Unido, EUA, África do Sul, Argentina, Índia e México).
Segundo o relatório desenvolvido por esta instituição, quem trabalha em casa corre riscos acrescidos de segurança e saúde e tem menos acesso a programas de formação profissional, o que impactará com a sua futura progressão laboral. Assim sendo, o novo relatório da OIT formula recomendações específicas que visam proteger quem trabalha a partir de casa, de modo a criar um clima de equidade e a mitigar possíveis riscos psicossociais inerentes.