“História Go”: O contributo dos dispositivos móveis para o ensino-aprendizagem nas visitas de estudo

Perante uma evolução social e tecnológica ‘alucinante’, caraterística da sociedade do século XXI, é necessário que os sistemas educativos se foquem no desenvolvimento de competências e valores adequados aos desafios constantes destes tempos. Assim, a escola deve repensar e alterar os métodos de ensino-aprendizagem, na medida em que os mesmos se encontram ultrapassados e, sobretudo, desfasados da realidade dos estudantes atuais (2017).

As visitas de estudo, enquanto estratégia de ensino-aprendizagem, permitem uma “melhor […] compreensão e interpretação dos conhecimentos históricos, [bem como] a capacidade de ler e interpretar o que os rodeia” (Barca, 2012). Ocorre, portanto, uma aprendizagem efetiva e significativa dos discentes, através de uma experiência vivenciada e construtivista, ao interligar a teoria com a prática dos acontecimentos históricos. Sendo assim, aliar algo tão motivador às TIC pareceu-nos a melhor forma de tornar o ensino da disciplina de História apelativo e concreto.

Deste modo, procuramos com este estudo demonstrar os benefícios das TIC no processo de ensino-aprendizagem desta disciplina, mais concretamente nas visitas de estudo, enquanto fonte de aprendizagem e, por fim, a utilização de uma aplicação móvel nestas atividades. Propusemo-nos, como tal, elaborar uma aplicação móvel, designada por História Go, cujo objetivo é servir de guia-orientador, de duas turmas de 12.º ano de escolaridade, pelo Centro Histórico da cidade do Porto.

Segundo os resultados obtidos, a utilização das TIC, mais concretamente dos dispositivos móveis, nas visitas de estudo são uma mais-valia, já que permitem que sejam os alunos os grandes responsáveis pelo seu conhecimento, através de uma aprendizagem construtivista, motivando-os e despertando o seu interesse pelos conteúdos históricos. Além disso, permite que desenvolvam a sua consciência histórica, na medida em que têm contacto direto com as fontes, nomeadamente o património local, desenvolvendo a sua identidade e, principalmente, o sentido de pertença à comunidade.

Fonte: Tamara Monteiro

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