Só um em cada 10 adultos fez formação em ano de pandemia

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Portugal é o país onde é mais urgente preparar o sistema de educação e formação de adultos para o futuro, segundo a OCDE. Fundação José Neves lança guia para aposta nesta área.

Apenas um em cada 10 adultos em Portugal completou uma formação em 2020, ano de pandemia. A conclusão é do Instituto Nacional de Estatística (INE) e levou a Fundação José Neves (FJN) a lançar esta terça-feira um guia para aprender ao longo da vida. Portugal é o país onde é mais urgente preparar o sistema de educação e formação de adultos para o futuro.

Falta de tempo ou de disponibilidade (58,9%), custos financeiros (38,9%), motivos familiares (32,4%), escasso apoio da entidade empregadora ou dos serviços públicos (28,2%), distância (25,4%) e falta de oferta adequada (19,3%) foram os seis obstáculos identificados para a baixa taxa de formação no ano passado, segundo dados do gabinete de estatísticas europeu Eurostat.

Com o guia para a formação, a FJN pretende ajudar os adultos a dar a volta às dificuldades. Lembra, por exemplo, que Portugal é um dos países onde as ações de formação são mais úteis para o desenvolvimento profissional. Na Europa, apenas os adultos da Hungria reconhecem mais vantagens, segundo os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

“Vivemos um tempo de profundas e aceleradas mudanças sociais, tecnológicas e profissionais. As alterações profissionais e no mercado de trabalho trazem novos desafios, mas também oportunidades. Muitas profissões que conhecemos hoje vão desaparecer e novas especializações vão surgir e ter cada vez mais procura, nomeadamente na área digital. A aprendizagem ao longo da vida é o único caminho para acompanhar esta revolução”, destaca o líder da FJN, Carlos Oliveira.

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