Descrição
Idade Mínima: 0
Idade Máxima: 0
Situação:
Habilitações Mínimas:
Habilitações Específicas:
O objetivo principal deste curso consiste em expandir e nivelar conhecimentos e competências relativas à área científica da Biologia/Ciências da Vida.
Espera-se que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais inerentes aos sistemas vivos que constituem, afinal, o objeto de estudo da Biologia. Adicionalmente, deseja-se que os alunos reforcem algumas capacidades e competências próprias das ciências, em particular da Biologia, e construam também um sistema de valores que lhes permita selecionar e assumir, conscientemente, as atitudes que considerem mais relevantes para a sua própria vivência ao longo quer da sua formação académica, quer da sua futura atividade profissional.
UNIDADE 1. DIVERSIDADE E UNIDADE NA BIOSFERA
1.1. A biosfera – O conceito de Bioesfera.
1.1.1. Diversidade – A diversidade biológica nos ecossistemas.
1.1.2. Organização – Os níveis de organização biológica, de modo a permitir reconhecer que o mundo vivo se apresenta hierarquicamente estruturado.
1.1.3. Extinção e conservação – A importância da conservação das espécies e as causas de extinção.
1.2. A célula – A noção de célula: membrana celular, citoplasma e núcleo.
1.2.1. Unidade estrutural e funcional – A unidade biológica não se limita a características estruturais e funcionais, revela-se também a nível molecular.
1.2.2. Constituintes básicos – A importância biológica da água como constituinte fundamental de qualquer ser vivo. Os seres vivos são constituídos por macromoléculas formadas por um número reduzido de elementos químicos (C, O, H, N, P…). As funções principais das macromoléculas (estruturais, energéticas, enzimáticas, armazenamento e transferência de informação).
UNIDADE 2. OBTENÇÃO DE MATÉRIA
2.1. Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos – O conceito de heterotrofia.
2.1.1. Unicelularidade vs pluricelularidade – Os organelos envolvidos no movimento de substâncias através da membrana celular e no seu processamento no meio interno. Os conceitos de endocitose e exocitose.
2.1.2. Ingestão, digestão e absorção – A distinção e complementaridade dos conceitos de ingestão, digestão e absorção. O estudo comparativo da digestão extracelular, em cavidades gastrovasculares (p.e. hidra), em tubos digestivos incompletos (p.e. planária) e completos de diferente complexidade (p.e. minhoca e homem).
2.2. Obtenção de matéria pelos seres autotróficos – A noção de autotrofia. A importância dos processos de autotrofia na hierarquia alimentar dos ecossistemas.
2.2.1. Fotossíntese – A fotossíntese como um processo de transformação de energia luminosa em energia química, que necessita da presença de pigmentos de captação de luz. O cloroplasto, como organito no qual ocorre a fotossíntese.
2.2.2. Quimiossíntese – Referência a organismos fotoautotróficos que não sejam plantas e a organismos quimioautotróficos.
UNIDADE 3. DISTRIBUIÇÃO DA MATÉRIA
3.1. O transporte nas plantas – O transporte nas plantas, enquanto mecanismo que permite a obtenção de substâncias necessárias à síntese de compostos orgânicos e sua posterior distribuição.
3.1.1. Transporte no xilema – As hipóteses “Pressão radicular” e “Adesão-coesão-tensão” como mecanismos que explicam os movimentos no xilema.
3.1.2. Transporte no floema – A hipótese “Fluxo de Massa de München” que explica movimentos no floema. Os sistemas radicular, caulinar e foliar, são evidências de adaptações ao meio terrestre.
3.2. O transporte nos animais – A comparação estrutural e funcional dos sistemas de transporte: aberto (p.e. inseto); fechado (p.e. minhoca).
3.2.1. Sistemas de transporte – A distinção do ponto de vista estrutural e funcional dos sistemas de transporte fechados: simples (p.e. peixe); duplo incompleto (p.e. anfíbio) e duplo completo (p.e. homem).
3.2.2. Fluidos circulantes – A linfa e o sangue como fluidos circulantes; a sua função como veículo de transporte e distribuição.
UNIDADE 4. TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS
4.1. Obtenção de energia – A existência de dois tipos de vias catabólicas para a produção de ATP. A análise do rendimento energético dessas duas vias metabólicas.
4.1.1. Fermentação – As células dos músculos esqueléticos podem realizar fermentação láctica.
4.1.2. Respiração aeróbia – A referência à mitocôndria como um protagonista da respiração aeróbia.
4.2. Trocas gasosas em seres multicelulares – A interdependência das características dos sistemas que asseguram e regulam as trocas gasosas.
4.2.1. Trocas gasosas nas plantas – A existência de estruturas que facilitam e regulam as trocas gasosas com o meio externo nas plantas (p. ex. estomas).
4.2.2. Trocas gasosas nos animais – As estruturas respiratórias numa perspetiva funcional, como adaptações decorrentes da multicelularidade em animais. A distinção estrutural e funcional das superfícies respiratórias de animais: tegumento (p.e. minhoca); traqueias (p.e. gafanhoto); brânquias (p.e. truta); pulmões (p. ex. homem).
UNIDADE 5. REGULAÇÃO NOS SERES VIVOS
5.1. Regulação nervosa e hormonal em animais – O impulso nervoso/neurotransmissor como sinal eletroquímico cujas vias de comunicação são os neurónios/sinapses/nervos.
5.1.1. Termorregulação – Nos animais endotérmicos existem sistemas homeostáticos complexos que envolvem circuitos de retroalimentação. A regulação da temperatura interna envolve alterações fisiológicas e comportamentais.
5.1.2. Osmorregulação – Exemplos de seres osmorreguladores e osmoconformantes: peixes de água doce e salgada, aves marinhas e seres terrestres. A noção de regulação hormonal, utilizando o exemplo da ADH, e de comunicação interna por sinais químicos. A salinidade e a temperatura como fatores limitantes.
5.2. Hormonas vegetais – Existência de substâncias químicas que afetam o desenvolvimento e o metabolismo das plantas.
UNIDADE 6. CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR
6.1. DNA e síntese proteica – As características estruturais e funcionais que permitem distinguir DNA de RNA. A importância da replicação do DNA para a manutenção da informação genética. A síntese de proteínas como um mecanismo importante para a manutenção da vida e da estrutura celular.
6.2. Mitose – A compreensão global de acontecimentos importantes para célula, nomeadamente, o encurtamento de cromossomas, a divisão do centrómero, a separação de cromatídeos, a formação de dois núcleos filhos e a divisão do citoplasma. A mitose como o processo que assegura a manutenção das características hereditárias ao longo das gerações e permite a obtenção de novas células. A sequência de acontecimentos que caracterizam o ciclo celular.
6.3. Crescimento e regeneração de tecidos vs diferenciação celular – As diferenças estruturais e funcionais que existem entre as células de um indivíduo resultam de processos de diferenciação. A diferenciação celular como processo que envolve regulação da transcrição e tradução de genes. A capacidade que uma célula tem de originar outros tipos de células especializadas é, em geral, tanto maior quanto menor for a sua diferenciação.
UNIDADE 7. REPRODUÇÃO
7.1. Reprodução assexuada – A reprodução assexuada origina organismos geneticamente idênticos aos seus parentes.
7.1.1. Estratégias reprodutoras – As semelhanças e diferenças entre vários casos de reprodução assexuada. As potencialidades e limitações biológicas dos processos de reprodução assexuada.
7.2. Reprodução sexuada – As divisões reducional e equacional da meiose e sua importância biológica.
7.2.1. Meiose e fecundação – Os aspetos que distinguem mitose de meiose. Os acontecimentos da meiose que contribuem para a variabilidade dos seres vivos.
7.2.2. Reprodução sexuada e variabilidade – A diversidade de gónadas/gametângios como locais onde ocorre produção de gâmetas. O hermafroditismo como condição que não implica a autofecundação.
7.3. Ciclos de vida: unidade e diversidade – O conceito de ciclo de vida aplicável a qualquer tipo de organismo. A identificação da alternância de fases nucleares pela localização da meiose e da fecundação num ciclo de vida. Os esporos e os gâmetas como células reprodutoras.
UNIDADE 8. EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
8.1. Unicelularidade e multicelularidade – A transição de procarionte para eucarionte e de unicelularidade para multicelularidade.
8.1.1. Procariontes e eucariontes – As diferenças entre seres procariontes e eucariontes.
8.1.2. Unicelulares e pluricelulares – A especialização de células em organismos coloniais traduz um aumento de complexidade. A pluricelularidade implica uma maior organização e diferenciação celular.
8.2. Mecanismo de evolução – Os contributos de diferentes áreas científicas (ex. anatomia, citologia, química, paleontologia…) na fundamentação e consolidação do conceito de evolução.
8.2.1. Evolucionismo vs fixismo – As diferenças entre o pensamento de Lamarck e Darwin e a utilização do termo neodarwinismo.
8.2.2. Selecção natural, selecção artificial e variabilidade – A meiose como fonte de variabilidade e, por esse motivo, promotora da evolução. As populações como unidades evolutivas. A existência de fenómenos de evolução convergente e divergente.
UNIDADE 9. SISTEMÁTICA DOS SERES VIVOS
9.1. Sistemas de classificação – Os critérios subjacentes a cada tipo de sistema de classificação, bem como respetivas vantagens e limitações.
9.1.1. Diversidade de critérios – A sistemática como conceito abrangente que engloba modelos evolutivos e taxonomia.
9.1.2. Taxonomia e nomenclatura – A universalidade e a hierarquia das categorias taxonómicas. A importância de regras de nomenclatura uniformes e consensuais.
9.2. Sistema de classificação de Whittaker modificado – Os critérios subjacentes à classificação de Whittaker (nível de organização celular, modo de nutrição, interações nos ecossistemas).
– Frequência de pelo menos 75% das aulas lecionadas.
– Participação efetiva em todos os momentos de avaliação sumativa previstos ao longo do curso e realização/apresentação de todos os elementos de avaliação definidos quer de natureza individual, quer relativos a trabalhos de grupo.
Em permanente articulação com as estratégias didáticas utilizadas pelo docente/formador, as atividades de avaliação das aprendizagens serão concebidas de modo a averiguar não só as construções conceptuais alcançadas pelos alunos, mas também a forma como tal aconteceu, os procedimentos realizados, as destrezas desenvolvidas e as atitudes reveladas.
Nesta perspetiva, valorizar-se-ão os processos de observação e, para além dos testes e questionários, deverá recorrer-se a relatórios de atividades individuais e de grupo, portfolios, mapas conceptuais, entre outros.
Procurar-se-á que a avaliação se revista de funções diagnóstica, formativa e sumativa interdependentes e devidamente articuladas com as atividades de ensino-aprendizagem. Permitindo diagnosticar o ponto de partida dos alunos, a avaliação-diagnóstico orientará o docente/formador na análise crítica das propostas do programa e na seleção das estratégias mais adequadas para a sua implementação. A avaliação formativa possibilitará o acompanhamento permanente da qualidade dos processos de ensino e de aprendizagem, fornecendo elementos que o docente/formador deverá utilizar para reforçar, corrigir e incentivar a aprendizagem dos alunos.
A avaliação sumativa compreenderá quatro momentos/instrumentos, cuja natureza/descrição e respetiva ponderação na média da classificação final do curso para cada aluno encontram-se mencionadas a seguir:
(1) Trabalho de grupo sobre tema do programa a atribuir no início do curso e que será apresentado e discutido com toda a turma na parte final do curso – última semana de março (25%);
(2) 1ª Prova escrita individual (30%), abrange a matéria relativa às primeiras quatro unidades do programa (Unidades 1, 2, 3 e 4), correspondente a 9 aulas, e terá lugar na semana de 17 a 22 dezembro;
(3) 2ª Prova escrita individual (30%), engloba a matéria relativa às Unidades 5, 6 e 7 do programa, correspondente a 9 aulas, e decorrerá na semana de 4 a 9 março;
(4) 3ª Prova escrita individual (15%), abrange a matéria relativa às duas últimas unidades do programa (Unidades 8 e 9), correspondente a 4 aulas, e terá lugar na semana a seguir à última aula do curso (semana de 8 a 13 abril).
Fórmula de cálculo da classificação final da avaliação sumativa:
NF = (N1 x 0,25) + (N2 x 0,30) + (N3 x 0,30) + (N4 x 0,15)