Este artigo teve o objetivo de refletir sobre uma experiência em educação popular, realizada com um grupo de mulheres na Unidade Básica de Saúde de Riqueza – SC. A educação popular é um modo participativo de abordagem pedagógica da população e dos grupos, fomentando formas coletivas de aprendizado e investigação, de modo a promover o crescimento da capacidade de análise crítica sobre a realidade e o aperfeiçoamento das estratégias de luta e enfrentamento dos problemas. A metodologia adotada foi através da prática de grupoterapia/oficina intitulada Somos Todos Iguais, tratando-se de uma atividade ocupacional com mulheres, onde as atividades são escolhidas e planejadas pelo grupo, a partir de sugestão das integrantes e consenso da maioria. O grupo teve início em julho de 2010, com o objetivo de disponibilizar um espaço acolhedor para as usuárias da Unidade Básica de Saúde (UBS), melhorando o desenvolvimento pessoal, facilitando a sua autonomia e interação social. O nome ‘Todas Iguais’, faz referência à um espaço no qual se reconhece a individualidade e subjetividade de cada pessoa, todavia, favorecendo a igualdade. Os encontros do grupo são mensais com duração em média de três horas. Fazem parte do grupo/oficina mulheres com idade entre 20 e 65 anos, muitas delas em atendimento psicológico, outras que vieram espontaneamente. Os resultados do grupo apontam que as participantes passaram a se conscientizar e responsabilizarem-se pela sua vida e saúde, adquirindo conhecimento sobre as diversas formas de sofrimento psíquico, e sobre como é bom compartilhar suas experiências com demais pessoas que vivem situações semelhantes.
FONTE: Cynthia Raquel Ferraboli; Carlise Inês Groth
