Metade dos trabalhadores acreditam que IA vai mudar as suas funções, mas só 13% recebem formação

Mais de metade dos trabalhadores estão otimistas quanto ao impacto da IA no mercado, mas reconhecem que é preciso formação para que haja sucesso. Oportunidades nesse sentido não têm, porém, abundado.

Metade dos trabalhadores acreditam que IA vai mudar as suas funções, mas só 13% recebem formaçãoAinda que mais de metade dos trabalhadores acreditem que a Inteligência Artificial (IA) vai mudar as suas funções e os setores em que exercem a sua atividade, a formação nessa área tecnológica ainda não é expressiva. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pela Randstad, somente 13% dos trabalhadores receberam formação sobre IA, no último ano.

“O estudo indica que 53% dos colaboradores consideram que a IA tem um impacto nos seus setores e funções. No entanto, existe, segundo a pesquisa, uma lacuna na formação e desenvolvimento desta tecnologia: apenas 13% dos colaboradores receberam formação sobre IA no último ano“, explica a empresa de recursos humanos, na edição mais recente do “Workmonitor Pulse Survey”, uma análise que tem por base informações de anúncios de emprego e respostas de mais de sete mil trabalhadores em todo o mundo.

De acordo com esse estudo, apesar da referida lacuna na formação, cerca de um em cada três trabalhadores já utiliza IA nas funções quotidianas.

Por outro lado, a Randstad nota que 52% dos trabalhadores acreditam que a IA irá melhorar as suas perspetivas de progressão de carreira, o que significa que, neste momento, são mais o que estão otimistas quanto ao impacto dessa tecnologia no mercado do trabalho do que os que receiam esses efeitos.

Ainda assim, para que os piores receios não se concretizem e a IA tenha mesmo um impacto positivo no mundo laboral, a maioria dos inquiridos (55%) mostra-se consciente “de que a aprendizagem e o desenvolvimento serão importantes para garantir o futuro da sua carreira“.

Assim, um quinto dos profissionais gostaria que lhes fosse oferecida formação em IA nos próximos 12 meses, “sendo esta a terceira oportunidade mais desejada, seguida de competências de liderança (24%) e de bem-estar e mindfulness (23%)”.

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