No começo, as opiniões se dividiam e as empresas de táxis não viam a categoria como uma ameaça.
No início da criação de uma nova categoria no mercado, normalmente, são poucos os que acreditam nela. As oportunidades parecem pequenas e o caminho para o sucesso distante. Porém, quando essa nova divisão começa a criar forma, geralmente após anos de muito trabalho, todas essas coisas parecem mudar! A descrença dá lugar à lógica e à obviedade, expandindo drasticamente a aposta nas oportunidades geradas por essa categoria.
Para simplificar sobre o que estamos falando, temos o exemplo clássico da ascensão dos aplicativos de mobilidade urbana. No começo, as opiniões se dividiam e as empresas de táxis não viam a categoria como uma ameaça. Porém, o modelo de negócios foi ganhando novos adeptos e hoje não conseguimos mais nos imaginar sem essa solução. A lógica começa a se tornar óbvia (por exemplo, é claro que as pessoas gostariam de uma alternativa acessível e mais transparente aos táxis tradicionais). Estamos diante da ascensão de negócios disruptivos criados com um propósito bem definido e com foco em inovação.
Isso também aconteceu dentro do universo do marketing nos últimos anos. À medida que a categoria continua evoluindo, fica mais claro para mim quais tendências que podem servir de diretrizes dentro desse cenário nos próximos anos.
Vou exemplificar cada uma delas a seguir e tenho certeza de que elas servirão como norte para quem busca se basear no conceito de inteligência criativa dentro do segmento da comunicação.
1) A comunicação no marketing ficará cada vez mais complexa com o tempo
O tempo aponta sempre para uma maior complexidade. Não vamos voltar a uma era da internet dominada por texto estático, ou mesmo por imagens. O vídeo permanecerá crescendo até que seja substituído por algo mais complexo, possivelmente AR (realidade aumentada) primeiro, e depois algo mais interessante.
À medida que esse processo avance, ficará cada vez mais difícil para os profissionais de marketing se comunicarem de forma eficaz se não forem evoluindo e buscando inovações. Isso porque continuaremos vendo uma expansão de canais (já se foram os dias só da TV, ou mesmo só Google e Facebook), fragmentação de formato e muito mais. Se manter atualizado é preciso!
2) O objetivo da comunicação é conectar-se de uma forma única e a tecnologia pode ajudar com isso
A razão pela qual os softwares têm sido tão bem-sucedidos pelo mundo é que a maioria das tarefas e processos no mundo dos negócios são melhores quando substituídos por uma tecnologia infinitamente escalável, repetível e com custo muito baixo. Porém, quando se trata de marketing, o único objetivo da comunicação é apresentar um ponto de contato único e emocionalmente ressonante para seu produto ou marca. Você pode imaginar se a Nike, Adidas, Under Armour, Reebok e Vans usassem a mesma ferramenta criativa de modelo infinitamente repetível para fazer anúncios com a mesma identidade visual? Isso seria um desastre!
Quando se trata de marketing criativo, utilizar somente uma solução tecnológica e seus benefícios de repetibilidade e escala não é o ideal. Afinal, se você tem um anúncio ruim, a última coisa que um profissional de marketing deve querer é escalá-lo.
Mas, isso não significa que a tecnologia não possa ter um papel na criatividade. Longe disso! O caminho é uma plataforma de tecnologia que potencializa as criações humanas, automatizando tarefas operacionais e fornecendo dados importantes para que a tomada de decisões criativas seja feita de forma mais inteligente. Ou seja, agregar tecnologia ao dia a dia dos profissionais de marketing pode ser muito positivo!
3) O atrito criativo se tornará um fator onipresente por décadas
Os primeiros 25 anos da web moderna foram definidos por atritos de pagamento e segurança onipresentes. Acredito que nas próximas décadas veremos o atrito criativo aumentar em todas as comunicações globais. A dificuldade de criar todos os ativos necessários para o sucesso (entre pago, orgânico, merchandising, a jornada completa de comércio e todo o ciclo de vida do CRM) torna-se esmagadora para qualquer empresa sem a utilização da tecnologia criativa adequada.