O programa “Incorpora” da Fundação La Caixa, que foi reforçado devido à pandemia de covid-19, envolveu 508 empresas e criou 1.333 postos de trabalho para pessoas vulneráveis em Portugal em 2020.
A fundação informou que “grande parte das contratações teve lugar em plena pandemia de covid-19. Devido ao fecho de inúmeras empresas, especialmente dos setores da restauração e do turismo, o programa adaptou-se para aproveitar as oportunidades que surgiram em outros setores, como, por exemplo, no das limpezas de hospitais, higienização, assistência a pessoas idosas em lares ou ao domicílio, escolas e refeitórios, entre outros”.
O programa “Incorpora”, que conta com a colaboração do BPI e do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), para dar “uma resposta rápida e eficaz à crise provocada pela covid-19”, estendeu a sua rede a todo o território continental, passando de 44 para 58 entidades colaboradoras e 113 técnicos que trabalham em rede.
A Fundação La Caixa sublinhou que “neste contexto, as medidas de incentivo e apoio à contratação promovidas pelo IEFP junto das empresas foram especialmente oportunas e importantes para os beneficiários do programa”, que tem como objetivo promover a contratação de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade.
Além disso, assinalou, “também proporciona às empresas que ofereçam oportunidades de emprego um instrumento para o desenvolvimento da sua responsabilidade social, apoiando-as ainda na identificação de incentivos públicos a que possam ter acesso em função do perfil dos beneficiários”.
O programa Incorpora visa promover a contratação, por parte das empresas portuguesas, de pessoas em risco ou situação de exclusão. Este critério abrange, nomeadamente, jovens NEET (que não estão a trabalhar, nem a estudar ou frequentar qualquer tipo de formação), desempregados de longa duração, com mais de 45 anos, ex-reclusos, ex-toxicodependentes, vítimas de violência doméstica e pessoas com deficiência ou incapacidade e que, em termos gerais, não têm grandes qualificações ou habilitações.
“Porém, devido ao aumento do desemprego que atingiu inúmeros setores da economia em virtude da covid-19, o programa tem acompanhado e prestado assistência a beneficiários em situação de vulnerabilidade com qualificações superiores e elevada experiência profissional, sendo necessário procurar ofertas laborais que se adaptem a estes novos públicos”, concluiu.